segunda-feira, 10 de outubro de 2011



“Enfrento Lula ou Dilma”. Aécio bebeu?


9/10/2011 11:25,  Por Blog do Miro


Por Altamiro Borges


Em entrevista ao jornal Estadão deste domingo (9), o senador tucano Aécio Neves lembrou as piadas dos bêbados que costumam ficar valentões. Questionado sobre o pleito presidencial de 2012, ele disse estar “pronto para disputar com qualquer candidato do campo do PT, seja Lula ou Dilma. Serão eleições com perfis diferentes e eu não temo nenhuma das duas”. Corajoso!!! Na sequência, porém, ponderou que o debate sobre candidaturas dever ficar para “o amanhecer de 2013” e lembrou que o PSDB tem outros candidatos “fortes”. Citou os governadores Geraldo Alckmin (SP), Marconi Perillo (GO) e Beto Richa (PR). Já sobre José Serra, o seu carrapato no ninho tucano, disse que a sua pretensa postulação “terá de ser avaliada por seu capital eleitoral”. Senador esconde as bicadas tucanasA entrevista de Aécio Neves é pura bravata. Ela tenta esconder o inferno astral vivido por seu partido. Nos últimos dias, o PSDB perdeu três deputados federais para o recém-criado PSD de Gilberto Kassab – outros dois devem trilhar o mesmo caminho. Em alguns estados, a sigla foi simplesmente dizimada. Na capital paulista, sete vereadores tucanos já abandonaram o ninho.Aécio tenta disfarçar a crise interna, escondendo que penas estão voando para todos os lados. “O PSDB amadureceu o suficiente para ver que, ou vamos todos unidos de verdade, ou não teremos êxito”. Bravata! Os tucanos estão se bicando de forma sangrenta. A guerra entre Alckmin e Serra recrudesceu na fase recente, como confessou o senador serrista Aloysio Nunes em seu twitter. O escândalo da corrupção das emendas na Assembléia Legislativa de São Paulo acirrou ainda mais os ânimos.Teste do bafômetroEm recente blitz policial, o ex-governador mineiro se recusou a fazer o teste do bafômetro. O boletim de ocorrência da Polícia do Rio Janeiro registrou que ele estaria “embriagado ou drogado”. Diante de tanta valentia – e tantas bravatas – de Aécio Neves na entrevista ao Estadão, o jornal por acaso fez um teste de bafômetro? Ou a entrevista chapa-branca só serviu mesmo como palanque eleitoral?





Mensalão do DEM: Câmara decide não cassar Jaqueline Roriz


Portal TerraLaryssa Borges



A deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) foi absolvida nesta terça-feira no plenário da Câmara dos Deputados e se livrou do processo de cassação a que respondia na Casa. Por 265 votos contra a cassação, 166 favoráveis e 20 abstenções, os parlamentares livraram, em votação secreta, a filha do ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz, flagrada recebendo suposta propina do ex-secretário de Relações Institucionais do DF Durval Barbosa, delator do esquema conhecido como mensalão do DEM. Para que fosse cassada era preciso que houvesse no mínimo 257 votos favoráveis entre os 513 deputados.

No Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, o relator do caso, Carlos Sampaio (PSDB-SP), havia defendido que Jaqueline fosse cassada, ainda que o vídeo em que recebe dinheiro de Barbosa tenha sido feito em 2006, antes, portanto, no início de seu mandato atual e época em que concorria a uma cadeira na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Sampaio argumentara que a suposta propina, que a deputada classificou como caixa dois de campanha, não era conhecida pelos eleitores quando ela foi alçada à condição de parlamentar, o que não daria a ela o argumento de ter sido "absolvida nas urnas".


Jaqueline Roriz chorou enquanto o plenário da Câmara decidia o futuro de seu mandato
Jaqueline Roriz chorou enquanto o plenário da Câmara decidia o futuro de seu mandato
O principal argumento da defesa de Jaqueline Roriz era o de que as irregularidades denunciadas por Durval Barbosa ocorreram antes do mandato e que a Câmara dos Deputados não teria competência para analisar fatos anteriores ao início do exercício parlamentar. No auge dos processos de quebra de decoro resultados do esquema do mensalão federal deflagrado durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva, o Conselho de Ética da Câmara passou, a partir de 2007, a levar em conta apenas atos cometidos pelos deputados após a posse para a abertura de processos que poderiam levar à cassação.
Em seu pronunciamento na Câmara, Jaqueline Roriz criticou o que classificou de "implacável condenação" por "juízos apressados". Ela citou a família, criticou o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que na sexta-feira apresentou ao ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia criminal contra ela, e em nenhum momento se defendeu da suspeita de recebimento de propina. "Cada um de nós carrega sua história e eu carrego a minha. Nesse doloroso processo, sofri constrangimentos perante meus pais, irmãs, filhos, amigos e eleitores. Foram fatos tratados por coloração partidária, preferências ideológicas. Sei que nesse Plenário tem muitos colegas que já passaram por isso e outros que podem passar. Nessa Casa não há espaço para condenações sumárias", disse a deputada, atribuindo as acusações ao "jornalismo predatório".
O mensalão do DEM
O chamado mensalão do DEM, cujos vídeos foram divulgados no final de 2009, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.
O então governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em sua defesa, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados". Em meio ao escândalo, ele deixou o Democratas.
As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.
Acusado de tentar subornar o jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Sombra, testemunha do caso, Arruda foi preso preventivamente em fevereiro de 2010, por determinação do Superior Tribunal de Justiça, que ainda o afastou do cargo de governador. Ele ficou preso por dois meses e, neste período, teve o mandato cassado por desfiliação partidária.