sexta-feira, 29 de abril de 2011

Tucanos de SC também ameaçam ‘voar’ para o PSD


Angeli

Depois da revoada de São Paulo, o PSDB convive com o risco de uma defecção em massa no Estado de Santa Catarina. Um grupo de tucanos catarinenses cogita migrar para o PSD do prefeito paulistano Gilberto Kassab. Aguardam apenas pela definição do governador Raimundo Colombo (DEM), que também flerta com a nova legenda. 

A exemplo de Colombo, o pedaço rebelado do tucanato condiciona a permanência no partido à imediata fusão do PSDB com o DEM. O repórter Upiara Boschi conta que o bloco dos tucanos inssurretos se opõe ao comando de Leonel Pavan, reconduzido à presidência do PSDB-SC na semana passada.

Entre os que ameaçam acionar as asas está o deputado estadual tucano Marcos Vieira, derrotado por Pavan na disputa pelo comando partidário. Junto com Vieira, ruminam a ideia de migrar do PSDB para o PSD mais dois deputados estaduais: Nilson Gonçalves e Gilmar Knaesel. 

A revoada pode alcançar também a bancada do tucanato na Câmara federal. Namoram a ideia trocar de camisa os deputados Jorginho Mello e Marco Tebaldi. Licenciado da Câmara, Tebaldi integra a equipe de secretários de Colombo. Ele chefia a pasta da Educação. 

O bloco da migração pode arrastar mais dois secretários tucanos : Serafim Venzon (Assistência Social) e Filipe Mello (Planejamento). 

Também considera a hipótese de abandonar o PSDB Dalírio Beber, atual presidente da Casan, a companhia de saneamento de Santa Catarina. A notícia sobre a perspectiva de emagrecimento do tucanato catarinense chega no dia em que foi divulgada uma nota do presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE). 

Guerra pendurou na página mantida pelo partido na web um texto no qual tenta refutar a tese de que o PSDB vive uma crise na cidade de São Paulo. Na capital paulista, seis vereadores e Walter Feldman, secretário municipal de Esportes e Lazer, se desfiliaram do partido. Sobre os vereadores, Guerra anotou: “Estavam no PSDB, mas, nas eleições municipais [de 2008], não votaram conosco”.

Quanto a Feldman, o presidente do PSDB escreveu: “As divergências também são dessa época e apenas se consumaram agora”. 

Na eleição a que se refere Guerra, os vereadores e o secretário Feldman apoiaram a reeleição de Kassab, contra a candidatura partidária de Geraldo Alckmin. 

Em seu texto, Guerra realça que o PSDB atravessa um período de “convenções estaduais e municipais, como fazem todos os partidos”. 

Afirma que há acordos “em praticamente todas” as convenções. “Em alguns casos, há negociações e até disputas. Nada disso indica crise”. A julgar pelas informações que chegam de Santa Catarina, o quadro é menos róseo do que pinta a nota oficial. 

A certa altura, Guerra alfineta Kassab. Escreve que o PSDB não incorre em “quebra de ética”. 

E acrescenta: “A ética discutível está na formação de partidos que reúnem adesismo, conveniências em torno de projetos pessoais e mudança de lado”. 

Escrito por Josias de Souza às 20h46

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Filho do ‘prototucano’ Montoro ameaça deixar PSDB (Do Blog do Josias de Souza)

Em processo de lipoaspiração compulsória, o PSDB-SP está na bica de ganhar mais um furo no cinto.
Cogita deixar a legenda ninguém menos que Ricardo Montoro. Se sair, não leva votos. Não os tem. Mas carrega o símbolo do pai, Franco Montoro.
A revelação consta de uma trinca de notas veiculadas na coluna de Mônica Bergamo, na Folha. Leia:
- Crise no ninho: Mais uma defecção bombástica pode explodir no PSDB: Ricardo Montoro, filho do ex-governador Franco Montoro, manifesta extremo desconforto na legenda.
Como Walter Feldman, ele também apoiou a eleição de Gilberto Kassab contra Geraldo Alckmin à prefeitura em 2008. Agora, ocupa o cargo de vice-presidente da Cohab.

- Caminho: "Evidentemente não estamos confortáveis no PSDB. Sentimos falta de conversa e de democracia. Está faltando diálogo. Não sou chamado para reuniões e conversas, para me opor ou para concordar."
Questionado se deixará a legenda, ele afirma: "Quero tomar uma atitude prudente. Estou refletindo. Mas que não estou confortável no partido, não estou".

- Consulta: Franco Montoro fundou o PSDB e é considerado um símbolo do partido, o "pai" de lideranças como FHC e José Serra. E sua família é militante histórica da legenda.
"Por isso mesmo, vou fazer consultas, dentro e fora da família, para tomar uma atitude com mais consciência", diz Ricardo Montoro.
- Siga o blog no twitter.
Escrito por Josias de Souza às 07h35

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Em meio à debandada e à troca de farpas de quadros que estão deixando o PSDB

Alckmin e DEM articulam saída de Afif

DCI - ‎há 5 horas‎
Rodrigo Garcia deve ir para Desenvolvimento Social; Afif será substituído por tucano Paulo Barbosa na pasta de Desenvolvimento Econômico - São Paulo Em meio à debandada e à troca de farpas de quadros que estão deixando o PSDB, o governador Geraldo ...
Band - veja.com - Rede Brasil Atual - Folha.com

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Caiado ataca Jorge Bornhausen: Ele é ‘quinta coluna’ (Do Blog do Josias de Souza)

Wilson Dias/ABr
Ronaldo Caiado (GO), vice-líder do DEM na Câmara, fez duros ataques ao presidente de honra de seu partido, o ex-senador Jorge Bornhausen (SC).
O deputado pendurou no seu microblog um lote de 12 notas. Redigiu-as em termos ácidos.
Abriu a bateria com uma estocada nos ex-colegas de bancada que migraram para o PSD de Gilberto Kassab. Mirou abaixo da linha da cintura:
“É claro que existem os fracos de caráter e postura, que já abandonaram a oposição com menos de três meses de mandato”.
Enalteceu os remanescentes: “Os que ficaram têm a chance de consolidar a imagem de políticos de fibra, conteúdo. Não desistimos da luta, por mais difícil que ela seja!”
Refugou a hipótese de fusão do DEM com o PSDB. Ao contabilizar a reduzida tropa oposicionista, lembrou a votação obtida por José Serra em 2010:
“A fusão com o PSDB não favorece a oposição. Temos hoje um cenário positivo. São 96 deputados em defesa de 44 milhões de votos recebidos”.
Em seguida, voltou-se para Jorge Bornhausen. Atribuiu a ele a idéia de rebatizar o PFL, que considerou equivocada:
“Essa história de mudar para DEM foi ideia de Jorge Bornhausen, [Antonio] Lavareda e Saulo Queiroz. Criaram uma tese que quase afundou o partido”.
Lavareda é sociólogo e analista de pesquisas. Saulo era tesoureiro do DEM. Aliado de Bornhausen, já migrou para o PSD.
Caiado como que sugere para o ex-PFL a adoção de um nome novo, PRD:
“Nós somos o Partido da Resistência Democrática! Que os coveiros fracassados sigam o caminho adesista e de traição. As urnas darão a resposta”.
O deputado dá de barato que Bornhausen seguirá o mesmo rumo de Saulo. Escreve que ambos já “saíram”:
“Jorge Bornhausen e Saulo Queiroz mudaram o nome e os rumos do PFL, fracassaram, tentaram covardemente jogar a culpa em outros e saíram”.
Realça no ex-correligionário a vocação governista: “Jorge Bornhausen, que sempre foi de se acomodar à sombra do poder, trabalha para entrar no governo do PT”.
Recorda uma passagem da eleição de 2010: o comício em que Lula atacou, na Santa Catarina de Bornhausem, o DEM:
“Jorge Bornhausen ajuda Lula, que disse, em SC, tentar exterminar o DEM! A que ponto chegamos. Também faz a ponte entre governo-PSD”.
Repisa a rejeição à junção com o tucanato:
“Sem fusão! Vamos trabalhar e dar o exemplo em 2012. Da forma democrática, disputando eleições! Não entraremos no Palácio pelos fundos”.
Trata Bornhausen como um silvério: “A atuação da quinta coluna no DEM foi lamentável e já entrou para a história”.
Enxerga nos primeiros movimentos de Kassab uma ilegalidade:
“PSD cometeu uma fraude. O partido não fechou a ata de sua fundação, que foi semana passada. Por acaso o evento ainda está em andamento?”
Insinua que tomará providências: “Estamos de olho! Vamos questionar e denunciar essa fraude do PSD. Ata de fundação em aberto depois de uma semana?”
Devagarzinho, a conflagração que corrói as entranhas do DEM vai transbordando. Caiado levou a roupa suja dos gabinetes fechados para a mais moderna das praças públicas: a internet.
Escrito por Josias de Souza às 07h28

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Alckmin e a revoada: Cada um é 'senhor do destino’

Instado a comentar a revoada de seis vereadores tucanos rumo ao PSD de Gilberto Kassab, o governador Geraldo Alckmin recorreu à filosofia de para-choque.
Quem deixou o PSDB é "senhor de seu destino", disse ele. "As pessoas têm liberdade de seguir o seu caminho".
Já em 2008, ano em que Alckmin concorrera à prefeitura de São Paulo, os vereadores tucanos arrastaram asa para Kassab.
Naquela ocasião, os silvérios guiavam-se pela bússola de José Serra. Para felicidade geral, o dedo do destino não deixa impressões digitais.
(Do Blog do Josias)