Dieta da Pessoa Idosa (Blog N. 405 do Painel do Dr. Paim) Parceria: Jornal O Porta-Voz

sábado, 31 de março de 2012



Senador do DEM era
chamado de "chefe" ediscutia ações no Congresso 


'Chefe', senador discutia ações no Parlamento


MSN

Um dos principais operadores da organização criminosa comandada pelo contraventor Carlinhos Cachoeira, o sargento reformado da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, tratava o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) por 'chefe'. Diálogo telefônico interceptado pela Polícia Federal em junho de 2009, no âmbito da Operação Vegas, mostra Demóstenes em posição de comando, passando ordens para Dadá e coordenando ações dentro do Senado.
'Entendeu o que eu falei?', indaga Demóstenes ao final da explicação sobre as ações desenvolvidas no Parlamento. 'Entendi, entendi. Eu vou avisar pra eles, mas... mesmo assim ficou bom, né chefe?', responde Dadá.
Referindo-se à mobilização política que comandava para aprovação de medidas legislativas, Demóstenes atualiza o ex-sargento: 'É, ficou bom porque dá pra acudir, foi bom ter trazido o tema, (mas) não dá pra fazer nada em uma semana, nada, a não ser discurso. Isso não resolve, até porque eu já tô com a lista que você me passou. É... na hora que o presidente anunciar o negócio, eu convoco uma audiência pública pra discutir o tema'.
Dadá demonstra ter contatos na mídia para difundir interesses do grupo: 'Aí eu aviso a imprensa'. Demóstenes encerra a ligação, de menos de três minutos: 'Mas pode ter certeza que o negócio vai ser polêmico'.
A operação Vegas, realizada em 2009, levantou indícios que resultaram em outra operação, a Monte Carlo, desencadeada em 29 de fevereiro passado, na qual foi desarticulara uma ampla rede de jogos ilegais comandada por Cachoeira. Ele e Dadá estão presos à disposição da Justiça.
A Vegas indiciou várias pessoas, mas a parte que alcança Demóstenes e outros parlamentares era desconhecida até agora porque, por envolver réus com prerrogativa de foro especial, a investigação dependia de pedido de inquérito da Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF), o que não foi feito na ocasião.
Gravações. As primeiras gravações da Operação Vegas foram divulgadas esta semana pelo jornal O Globo e Jornal Nacional. Elas mostram que Demóstenes usou o mandato para intermediar interesses de Cachoeira, de quem receberia propinas, presentes caros e favores. O Globo revelou conversas em que ele acerta com Cachoeira táticas que vão da interferência em processo judicial ao lobby pela legalização dos jogos de azar. Demóstenes trata até de licitações na Infraero na época em que era relator da CPI do Apagão Aéreo.
Nas conversas, em que Demóstenes chama Cachoeira de 'Professor' e é tratado de 'Doutor', o contraventor, como informou o jornal, manda o senador fazer um levantamento sobre um projeto de lei relacionado a jogos de azar. Em razão das provas, o STF abriu inquérito e quebrou o sigilo bancário do senador.
Demóstenes confirmou que é amigo de longa data de Cachoeira, mas silenciou-se quando surgiram as provas do envolvimento dele com a organização. O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro disse que os diálogos que incriminam o senador foram colhidos de forma ilegal e serão anulados. 'O senador está muito abalado com as acusações que ferem sua imagem, mas juridicamente estamos tranquilos.'

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quinta-feira, 29 de março de 2012



Para colegas do DEM, renúncia ao mandato é o único caminho que restou a Demóstenes Torres
 
4

Josias de Souza
O futuro político de Demóstenes Torres é considerado sombrio pelos próprios companheiros de partido do senador. Dissemina-se no DEM a avaliação de que Demóstenes tornou-se uma cassação esperando para acontecer.
O blog conversou com três partidários de Demóstenes (DEM-GO). Para evitar constrangimentos, pediram anonimato. Expressaram uma mesma opinião. Acham que não resta ao colega senão a opção de renunciar ao mandato de senador.
Avaliam que, permanecendo no Senado, Demóstenes apenas prolongará o suplício, expondo-se a um processo desgastante e inútil. Afora a cassação, tida como inevitável, prevê-se que o senador será desligado da tomada do DEM.
“O partido terá de expulsá-lo, sob pena de se desmoralizar”, disse um dos entrevistados. “Se o Demóstenes não renunciar, vai ter de se humilhar perante senadores que criticou. Gente como o Sarney e o Renan”, disse outro.
Demóstenes foi implacável com José Sarney e Renan Calheiros nas crises que tisnaram as presidências de ambos no Senado. Cobrou o afastamento de Sarney em 2009. E o de Renan em 2007.
Em privado, Demóstenes admite que se tornou um cadáver político. Paradoxalmente, resiste à ideia de renunciar. Por ora, não admite nem mesmo a alternativa de um pedido de licença.
Seu quadro, que já era grave, tornou-se ainda mais hemorrágico na noite passada. Emreportagem levada ao ar pelo Jornal Nacional, revelaram-se novos indícios de que a relação de Demóstenes com o contraventor Carlinhos Cachoeira ultrapassa as fronteiras da “amizade” admitida pelo senador.
Escutas telefônicas realizadas pela Policia Federal fazem picadinho do discurso em que Demóstenes dissera, no dia 6 de março, que não tinha conhecimento dos negócios ilícitos do “amigo” que o presenteara com uma geladeira e um fogão importados.
Vieram à luz conversas de Cachoeira com Geovani Pereira da Silva e Cláudio Abreu. O primeiro é identificado pela Polícia Federal como contador da quadrilha. O segundo, como sócio dos negócios ilegais do contraventor.
De acordo com o conteúdo dos grampos, os três discutem a contabilidade da quadrilha. Mencionam cifras milionárias. Em cinco minutos de diálogos, o nome de Demóstenes soa seis vezes.
Num trecho, Cachoeira indaga a Cláudio Abreu quanto ele, Cachoeira, reteve. Um milhão do Demóstenes, responde o sócio. O amigo tóxico do senador, preso no mês passado, prossegue.
Referindo-se reiteradamente a Demóstenes, Cachoeira empilha cifras. Ao final, fecha a conta: um milhão e quinhentos, mais seiscentos, que dariam dois e cem. E mais um milhão. Total: “três e cem.”
Cláudio Abreu atalha Cachoeira, como se discordasse dele. Menciona a expressão “este do Demóstenes”. Diz que o valor já tinha sido mostrado a ele e que Cachoeira vinha segurando o montante desde a época em que o senador foi eleito.
Impossível atestar, a partir dos grampos, como foi aplicado cada centavo mencionado. Mas a menção do nome de Demóstenes em meio a diálogos vadios e a cifras de má origem eleva a temperatura da fornalha.
No campo jurídico, dá-se de barato que o pedido de investigação feito pelo procurador-geral Roberto Gurgel ao STF será acatado pelo ministro Ricardo Lewandowski, relator do caso.
Na seara política, avalia-se que a encrenca pode ter um desfecho antes mesmo da conclusão do processo judicial. Nesta quarta (27), o PSOL requereu à Mesa diretora do Senado que Demóstenes seja levado ao Conselho de Ética.
“O tempo da política corre mais rápido que o relógio da Justiça”, disse um dos colegas de Demóstenes ouvidos pelo repórter. Preside a Mesa do Senado José Sarney (PMDB-AP). Integra o Conselho de Ética Renan Calheiros (PMDB-AL).
Conforme já mencionado aqui, Demóstenes migrou, em três meses, da condição de potencial candidato do DEM à Presidência da República para a de pré-candidato a réu num processo do Supremo.
A cada novo grampo revelado, aprofunda-se o abismo que se abriu entre os valores professados por Demóstenes e a prática do ex-Demóstenes esboçado nos relatórios da Polícia Federal.
Procurado, o senador absteve-se de comentar a notícia do Jornal Nacional. Em ofício enviado a Sarney na terça (27), informara que só daria novas explicações depois de conhecer a íntegra dos inquéritos que o mencionam.
Ouvido, Antonio Carlos de Almeida Castro, advogado de Demóstenes, expressou-se assim: “Ele está, evidentemente, preocupado com essas gravações negativas à sua imagem. Mas no tocante à pessoa jurídica estamos muito tranquilos.”
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terça-feira, 27 de março de 2012


Agripino assume lugar de Demóstenes e fala em expulsão


SIMONE IGLESIAS

Agripino disse que a Procuradoria Geral da República tem que divulgar o inquérito para que Demóstenes possa se defender de fatos e não de insinuações.

DE BRASÍLIA


O senador José Agripino (RN) assumiu nesta terça-feira (27) a liderança do DEM, depois de o colega de bancada e de partido Demóstenes Torres (GO) pedir o afastamento do cargo em meio às denúncias de ligação com o empresário do ramo de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Procurador vai abrir investigação sobre Demóstenes, diz PSOL
Demóstenes pede afastamento da liderança do DEM no Senado
Partidos pedem esclarecimentos a Gurgel sobre caso Demóstenes
DEM já estuda possibilidade de expulsar Demóstenes
Sérgio Lima - 02.fev.2009/Folhapress
Agripino Maia, o novo líder do DEM no Senado
Agripino Maia, o novo líder do DEM no Senado
O novo líder afirmou que a situação de Demóstenes é "incômoda" porque sobre ele pairam dúvidas que não foram esclarecidas. "O que não pode é perdurar a dúvida. É acusado de que?Qual a legitimidade da denúncia? A Procuradoria tem todos os elementos para fazer isso, para que os acusados possam ter direito de defesa. É isso que o DEM quer", disse.
Agripino afirmou que o partido não convive com a falta de ética e que, caso as denúncias sejam comprovadas, Demóstenes será expulso. "Na hora em que seus líderes são acusados, com base em evidências em perda de decoro, o partido nunca hesitou em expulsar. O Democratas tem uma tradição a zelar e a zelará. Não convivemos com a perda da ética."
Investigação policial gravou cerca de 300 diálogos entre o senador Demóstenes e o empresário de jogos por pelo menos oito meses. O democrata também ganhou de Cachoeira um fogão e uma geladeira, presentes que segundo Demóstenes foram oferecidos por um "amigo" quando se casou no ano passado.
AFASTAMENTO
Demóstenes pediu nesta terça-feira para deixar a liderança do DEM no Senado. Em meio às denúncias de ligação com o empresário, ele enviou carta para o presidente do partido, senador José Agripino (DEM-RN), formalizando o pedido para se afastar da liderança.
"A fim de que eu possa acompanhar a evolução dos fatos noticiados nos últimos dias, comunico a Vossa Excelência o meu afastamento da liderança do Democratas no Senado Federal", afirmou em carta de três linhas endereçada a Agripino.
Abatido, Demóstenes passou a manhã em seu gabinete no Senado, mas não circulou pelos corredores da Casa. O democrata procurou líderes partidários para pedir apoio político. Disse que espera o julgamento criminal pela Procuradoria Geral da República, mas espera ser poupado de um processo no Conselho de Ética do Senado --que poderia lhe acarretar a perda de mandato.
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Senadores cobram explicações de Demóstenes (Josias de Souza)

O senador Demóstenes Torres (GO), líder do DEM, tornou-se alvo de cobranças pluripartidárias. Nesta segunda (26), três senadores exigiram, enfaticamente, explicações do colega sobre as denúncias que o ligam ao contraventor Carlinhos Cachoeira.
Pedro Taques (PDT-MT) discursou da tribuna: “Não podemos tapar o Sol com a peneira. O caso Demóstenes Torres é grave. Esta Casa não terá moral para intimar qualquer cidadadão a depor nas suas comissões se não ouvirmos os esclarecimentos do senador.”
Taques disse ter conversado com o próprio Demóstenes: “Disse a ele, com o respeito que tenho pelo seu trabalho [como promotor de Justiça e senador] há mais de 16 anos, que a situação é grave e merece esclarecimentos.”
“Não se apresenta como razoável que um senador da República possa trocar esse número de telefonemas [cerca de 300 ligações] com um cidadão voltado para a prática do crime”, disse Taques. “Nao se afigura como razoável que possa usar telefone [antigrampo] habilitado em Miami.”
Taques fez uma distinção entre os “campos jurídico e político”. No primeiro, disse ele, “existe o princípio da presunção de inocência”. No segundo, “temos que agir politicamente, como agiríamos com qualquer outro cidadão.”
Para Taques, “o Senado não pode se omitir.” Sob pena, de “perder a moral para intimar qualquer cidadão que, por acaso, apareça no programa televisivo de domingo envolvido em escândalos.” Referia-se às denúncias divulgadas na véspera pelo Fantástico contra o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, do PP.
“Estamos aguardando os esclarecimentos do senador Demóstenes”, concluiu Taques. “Mas não podemos apenas esperar. Até quando o procurador-geral da República irá aguardar para instalar inquérito policial em desfavor do senador Demóstenes?”, indagou.
No noticiário do final de semana, informou-se sobre a existência de inquérito enviado ao procurador-geral Roberto Gurgel em setembro de 2009. Na peça, Demóstenes é acusado de pedir a Carlinhos Cachoeira o pagamento de despesa de R$ 3 mil pelo uso de um táxi aéreo. Decorridos dois anos e meio, Gurgel nada fez.
Também o senador Jorge Viana (PT-AC), cobrou explicações de Demóstenes da tribuna. Lembrou que, quando vieram à luz as primeiras denúncias, defendeu junto aos colegas da bancada petista que não submetessem Demóstenes à condenação prévia. Recordou que foi um dos que apartearam o colega, quando ele disse da tribuna, em 6 de março, que suas relações com Cachoeira eram apenas de amizade.
Desde então, disse Viana, “o noticiário agrava a situação de Demóstenes a cada dia.” Assim, do mesmo modo que deu “voto de confiança” ao senador, pede agora que Demóstenes “volte à tribuna para se posicionar sobre os novos fatos”.
Viana soou assim: “Nós, que ocupamos mandatos, temos que dar satisfação das nossas vidas. O senador Demóstenes é, talvez, o que mais bem tem utilizado a tribuna. Nesse momento em que sua vida pública tem sido questionada, eu ficaria bastante confortável de ouvi-lo. Tem uma apreensão muito grande nesse Senado.”
Em aparte a Viana, a senadora Ana Amelia (PP-RS) endossou-o: “Não tenho compromisso com o erro. No início da sessão, fiz referência ao caso que foi noticiado pelo Fantástico envolvendo ministro do meu partido [Aguinaldo Ribeiro]. Da mesma forma menciono o caso Demóstenes, que precisa prestar os esclarecimentos necessários diante do agravamento das denúncias.”
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Senadores cobram explicações de Demóstenes (Josias de Souza)

O senador Demóstenes Torres (GO), líder do DEM, tornou-se alvo de cobranças pluripartidárias. Nesta segunda (26), três senadores exigiram, enfaticamente, explicações do colega sobre as denúncias que o ligam ao contraventor Carlinhos Cachoeira.
Pedro Taques (PDT-MT) discursou da tribuna: “Não podemos tapar o Sol com a peneira. O caso Demóstenes Torres é grave. Esta Casa não terá moral para intimar qualquer cidadadão a depor nas suas comissões se não ouvirmos os esclarecimentos do senador.”
Taques disse ter conversado com o próprio Demóstenes: “Disse a ele, com o respeito que tenho pelo seu trabalho [como promotor de Justiça e senador] há mais de 16 anos, que a situação é grave e merece esclarecimentos.”
“Não se apresenta como razoável que um senador da República possa trocar esse número de telefonemas [cerca de 300 ligações] com um cidadão voltado para a prática do crime”, disse Taques. “Nao se afigura como razoável que possa usar telefone [antigrampo] habilitado em Miami.”
Taques fez uma distinção entre os “campos jurídico e político”. No primeiro, disse ele, “existe o princípio da presunção de inocência”. No segundo, “temos que agir politicamente, como agiríamos com qualquer outro cidadão.”
Para Taques, “o Senado não pode se omitir.” Sob pena, de “perder a moral para intimar qualquer cidadão que, por acaso, apareça no programa televisivo de domingo envolvido em escândalos.” Referia-se às denúncias divulgadas na véspera pelo Fantástico contra o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, do PP.
“Estamos aguardando os esclarecimentos do senador Demóstenes”, concluiu Taques. “Mas não podemos apenas esperar. Até quando o procurador-geral da República irá aguardar para instalar inquérito policial em desfavor do senador Demóstenes?”, indagou.
No noticiário do final de semana, informou-se sobre a existência de inquérito enviado ao procurador-geral Roberto Gurgel em setembro de 2009. Na peça, Demóstenes é acusado de pedir a Carlinhos Cachoeira o pagamento de despesa de R$ 3 mil pelo uso de um táxi aéreo. Decorridos dois anos e meio, Gurgel nada fez.
Também o senador Jorge Viana (PT-AC), cobrou explicações de Demóstenes da tribuna. Lembrou que, quando vieram à luz as primeiras denúncias, defendeu junto aos colegas da bancada petista que não submetessem Demóstenes à condenação prévia. Recordou que foi um dos que apartearam o colega, quando ele disse da tribuna, em 6 de março, que suas relações com Cachoeira eram apenas de amizade.
Desde então, disse Viana, “o noticiário agrava a situação de Demóstenes a cada dia.” Assim, do mesmo modo que deu “voto de confiança” ao senador, pede agora que Demóstenes “volte à tribuna para se posicionar sobre os novos fatos”.
Viana soou assim: “Nós, que ocupamos mandatos, temos que dar satisfação das nossas vidas. O senador Demóstenes é, talvez, o que mais bem tem utilizado a tribuna. Nesse momento em que sua vida pública tem sido questionada, eu ficaria bastante confortável de ouvi-lo. Tem uma apreensão muito grande nesse Senado.”
Em aparte a Viana, a senadora Ana Amelia (PP-RS) endossou-o: “Não tenho compromisso com o erro. No início da sessão, fiz referência ao caso que foi noticiado pelo Fantástico envolvendo ministro do meu partido [Aguinaldo Ribeiro]. Da mesma forma menciono o caso Demóstenes, que precisa prestar os esclarecimentos necessários diante do agravamento das denúncias.”
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segunda-feira, 26 de março de 2012


Serra leva susto nas prévias do PSDB

25/3/2012 20:39,  Por Altamiro Borges - de São Paulo
Por Altamiro Borges
Com apenas 52% dos votos, José Serra venceu as prévias do PSDB neste domingo e será o candidato da legenda nas eleições para a prefeitura da capital paulista. O resultado confirma a divisão que reina no ninho tucano. José Aníbal obteve 31,2% dos votos e Ricardo Trípoli ficou com 16,7%. Ao final das prévias, os três falaram em unidade, mas o clima interno é de desagregação.
Apesar da sua visibilidade como ex-prefeito, ex-governador e eterno candidato do partido e dos apoios declarados do governador Geraldo Alckmin, do ex-presidente FHC e da cúpula partidária, Serra levou um susto na eleição. Quase não conseguiu a maioria absoluta dos votos, numa prévia bastante esvaziada – apenas 6.229 dos 21 mil filiados do PSDB compareceram às urnas.
A “palhaçada” da disputa interna
O secretário estadual José Aníbal e o deputado Ricardo Trípoli ficaram pendurados na brocha na briga interna. Chegaram a apelar por um debate com o grão-tucano, mas ele os rejeitou de forma humilhante. Também foram pressionados para abandonar a disputa interna, seguindo o caminho dos “flanelinhas” Andrea Matarazzo e Bruno Covas, que desistiram quandoSerra assumiu a candidatura.
Entre os filiados tucanos, muita gente protestou contra a “palhaçada” armada pelo eterno candidato, que se recusava a entrar na disputa pela prefeitura, qualificada por ele de “enterro”, e que depois rompeu as regras das prévias para impor seu nome. Vídeos circularam pela internet com desabafos contra a postura desrespeitosa e arrogante de Serra. As prévias custaram R$ 250 mil aos cofres do partido.
O balcão de negócios das alianças
Definida a candidatura, o PSDB sai agora em busca de amplas alianças para enfrentar a dificílima eleição paulistana. O governo do estado e a prefeitura paulistana já foram transformados em balcões de negócios para seduzir outras legendas. Neste caso, a mídia demotucana, que faz de tudo para implodir a base de apoio da presidenta Dilma, evita maiores comentários ou críticas.
Serra garante que desta vez, caso vença a eleição, não abandonará a prefeitura. Mas nem os dirigentes tucanos acreditam em sua palavra, segundo uma enquete. O próprio Serra já disse que a sua promessa em 2006 foi apenas um “papelzinho” sem qualquer valor. Para unir o PSDB e superar a rejeição junto ao eleitorado paulistano, o candidato oficial do PSDB terá muito trabalho.

Matérias Relacionadas:
  1. PSDB escolhe José Serra para disputar prefeitura de SP
  2. José Serra é o candidato do PSDB a prefeito de São Paulo
  3. Parabéns Serra, o eterno candidato!
  4. Para Serra, promessa é “um papelzinho”
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sábado, 24 de março de 2012


Grampos revelam favores de bicheiro a senador (Josias de Souza)


Iniciado há 15 dias, em ritmo de conta-gotas, o vazamento de dados que ligam Demóstenes Torres ao contraventor Carlinhos Cachoeira ganhou uma dinâminca de enxurrada. Líder do DEM no Senado, notabilizado pelo discurso ético-oposicionista, o senador encontra-se num ambiente muito parecido com um abismo.
O repórter Rodrigo Rangel trouxe à luz transcrições de grampos captados pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo.
São diálogos do ano passado. Conversas que revelam a intimidade de Demóstenes com Cachoeira e indica a concessão de favores do explorador de jogos ilegais ao senador, um promotor licenciado.
Num dos diálogos, ocorrido em 4 de junho de 2011, Demóstenes diz a Cachoeira que seu tablet enguiçara. O amigo o tranquiliza. A PF resumiu a conversa em seu relatório:
“Demóstenes reclama que seu iPad deu pau, Carlinhos diz que vai mandar alguém entregar um novo.”
Dias antes, em diálogo telefônico de 20 de maio de 2011, o senador conversa com o bicheiro sobre avião. “Carlinhos oferece aeronave para Demóstenes”, eis o título anotado pela PF nesse ponto de seu relatório. O documento reproduz trechos da conversa:
Demóstenes – Fala, professor.
Cachoeira – Não esquece do avião não, tá aí esperando, tá?
Demóstenes – Já liguei pra ele, tô indo lá, dei uma enrolada aqui.
Mais cedo, o Globo já havia informado sobre a existência de outro inquérito, anterior à Operação Monte Carlo.
Nesse processo, Demóstenes soa num grampo pedindo R$ 3 mil a Cachoeira para pagar uma despesa com táxi aéreo. A PF acusa-o também de ter compartilhado com o bicheiro informações obtidas nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Noutra notícia, redigida pelo repórter Leandro Fortes, informa-se que a PF acusa Demóstenes de ter extraído vantagens financeiras milionárias de seu relacionamento com Cachoeira.
Coisa de R$ 50 milhões. Em seus relatórios, a PF sustenta que o senador amealharia 30% dos negócios ilícitos do amigo, estimados em R$ 170 milhões.
Se 5% do que a PF diz de Demóstenes for confirmado, o país estará diante de um personagem que é o avesso do avesso do que diz ser.

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sexta-feira, 23 de março de 2012


Demóstenes pediu dinheiro a Cachoeira, diz PF (Josias de Souza)

Em relatório enviado à Procuradoria Geral da República, a Polícia Federal informou que o senador Demóstenes Torres, líder do DEM, pediu dinheiro ao bicheiro e explorador de caça níquéis Carlinhos Cachoeira.
A notícia ganhou as páginas do Globo. De acordo com o jornal, o documento da PF foi enviado à Procuradoria em 15 de setembro de 2009. E o procurador-geral da República Roberto Gurgel nada fez.
O relatório baseou-se em investigações que varejaram os negócios ilícitos de Cachoeira na cidade goiana de Anápolis.
Trata-se de apuração anterior à recente Operação Monte Carlo, que resultou na prisão de Cachoeira e Cia..
O trabalho da PF incluiu a realização de escutas telefônicas. Num dos grampos, anota o relatório, Demóstenes pede a Cachoeira que pague uma despesa de R$ 3 mil. Coisa relativa à utilização de um táxi aéreo.
No mesmo documento, a PF menciona indícios que apontam para relações impróprias de dois deputados federais com Cachoeira: Carlos Leréia (PSDB-GO) e João Sandes Júnior (PP-GO).
Demóstenes conversava com Cachoeira por meio de um Nextel. Aparelho habilitado “nos Estados Unidos”, na expectativa de que fosse imune a grampos.
Ouvido, Antônio Carlos de Almeida Castro, advogado de Demóstenes, confirmou que seu cliente uso o Nextel. Nada disse sobre o suposto pedido de dinheiro.
Procurado, Roberto Gurgel manifestou-se por meio da assessoria.
Mandou dizer: aguarda a conclusão da Operação Monte Carlo para saber se aciona ou não os parlamentares junto ao STF.
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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.
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